segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os Cães-Guia

Para explicar o que significa um cão-guia temos que analisar o verdadeiro significado que este tem para o utilizador, para quem este é o companheiro permanente.
O Cão-Guia é para o cego algo mais que os seus olhos. É com quem convive, com quem trabalha, é quem lhe concede autonomia, liberdade e compreensão perante as fortes dificuldades que um invisual tem que ultrapassar neste mundo.
Por tudo isto, o Cão-Guia deve receber também amor, cuidados e principalmente respeito. Se pensarmos bem, tudo o que possamos retribuir a um destes cães será sempre pouco quando comparado com a sua total entrega e dedicação ao invisual. Este comportamento de perfeita nobreza é um exemplo para o Homem; quantos de nós seriamos capazes de o fazer?

Não será exagerar dizer que o Cão-Guia é o expoente máximo da Classificação de Cães de Trabalho. Para que este trabalho e treino possam ser organizados existem escolas por todo o mundo especializadas no treino destes cães. Estas escolas não fazem só o trabalho de treino de obediência como geralmente também criam, educam e tratam do encaminhamento destes cães para quem mais deles necessita. Como tem que haver uma perfeita harmonia entre o cão-guia e o seu utilizador, estas escolas encarregam-se também do importante passo que é a socialização e a integração entre os dois elementos da unidade de trabalho (Cão e Homem).
Importa ainda referir que, as raças utilizadas como Cão-Guia são basicamente três: o Labrador Retriever, o Pastor Alemão e o Golden Retriver. Estas raças, pelo excelente trabalho que têm efectuado nesta acção social, são os preferidos e os mais indicados em todo o mundo. 

Em Portugal o direito a ter um destes animais como companheiro está consagrado no Decreto-Lei n.º 118/99, de 14 de Abril. Este estabelece o direito de acessibilidade dos deficientes visuais acompanhados de «cães-guia» a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público, bem como as condições a que estão sujeitos estes animais. 
Por último, é ainda importante informar que em Portugal existe uma escola sem fins lucrativos que prepara tanto os cães como os deficientes invisuais para o trabalho em equipa. É a Escola Beira Aguieira em Mortágua (visite o site aqui).

Quando estiver na rua e encontrar um cego com um cão-guia, por muito que queira, não deve fazer-lhe festas nem algo do género, pois este cão está a desempenhar um papel importantíssimo e em caso algum deve ser distraído. No entanto, e se conhecer alguém com um cão destes, pode brincar com o cão, se ele e o seu dono estiverem num espaço seguro onde o utilizador não precisar da ajuda do seu cão (por exemplo, em casa do dono). Também é aconselhável, se encontrar um cão-guia com um cego na rua, deixá-lo fazer o seu trabalho e não tentar você mesmo ajudar o senhor, pois isso só confundirá o cão e prejudicará o seu trabalho. Nunca alimente um cão-guia durante o seu trabalho, pois isso o distrairá e ainda por cima ele já está alimentado (pelo dono, obviamente).

domingo, 16 de setembro de 2012

Cão de Água Português

O Cão de Água Português é uma raça antiga que já esteve perto da extinção, apenas para ressurgir e tornar-se na raça de cães portuguesa com maior projecção nos Estados Unidos da América.
O registo mais antigo da raça data de 1828. Trata-se de uma gravura sobre o desembarque de El-Rei Senhor D. Miguel na Praia de Belém, onde um cão idêntico ao Cão de Água Português nada em direcção aos barcos. Contudo, pensa-se que a raça é bastante mais antiga. Aponta-se para o período compreendido entre os séculos V e VII como a data de introdução da raça em Portugal. De facto, Manuel Fernandes Marques referia no seu livro “O Cão d’Água”, de 1938, que esta raça era já conhecida dos antigos romanos, que o apelidaram de “Cão leão” devido ao corte do pelo.
É baseado nesta ideia de antiguidade da raça que se pensa que o Cão Água Português partilha os mesmos ascendentes com o Caniche. 
O Cão de Água Português foi desde logo adoptado pelos pescadores que o consideravam como um companheiro, com os mesmos deveres e regalias de qualquer outro pescador. Excelente nadador e mergulhador, este cão era utilizado para recuperar o peixe que se soltava dos anzóis e outros objectos na água. Diz a lenda que o cão chegou mesmo a salvar pescadores (na altura, era frequente os pescadores não saberem nadar). O Cão de Água Português transportava também mensagens de barco para barco e nas horas vagas dos pescadores era responsável pela guarda da embarcação. Como recompensa, os pescadores dividiam com ele o peixe e o dinheiro que faziam com o comércio, que ficava a cargo do homem eleito para cuidar do animal. Devido a esta repartição igualitária, os pescadores mais velhos e afastados do mar alugavam por vezes os seus cães, de forma a conseguirem um rendimento extra.
À semelhança da dinâmica que o cão mantém com o caçador, também o Cão de Água Português era indispensável nas embarcações de pesca. E assim foi até que a revolução industrial chegou a Portugal e mais particularmente à frota pesqueira do país, no início do século XX. A mecanização veio não só substituir alguns homens, mas também o cão. Os rádios passaram a assegurar a comunicação entre os barcos e os guinchos faziam com que a rede fosse fácil de puxar. Gradualmente, em vez de dois cães olhando um para bombordo e outro estibordo, os barcos começaram a modernizar-se e a abdicar dos animais. Perdendo cada vez mais território, o Cão de Água Português, que originalmente estava presente em toda a costa portuguesa, refugiou-se no Algarve, onde a tradição piscatória se manteve.
Paralelamente a estas mudanças, o Cão de Água Português estreou-se também nas exposições, por volta dos anos 30. Apesar de os números do Cão de Água Português estar a diminuir, o seu valor para os pescadores não foi alterado. Estes cães não eram vendidos, apenas dados ou trocados, o que colocou alguns obstáculos a entusiastas da raça para obterem exemplares de forma a fundarem o seu canil. Foi o interesse pela raça de Vasco Bensaúde, dono de uma frota pesqueira, que garantiu a sobrevivência da raça. Responsável pelo estalão e pela formação do clube do Cão de Água Português no país, Vasco Bensaúde, reuniu vários exemplares espalhados pelo país e iniciou um programa de criação com esses cães. 
Na década de 60 do século XX, o número de cães de Água Português era bastante reduzido. Estimavam-se cerca de 50 exemplares. Em 1966, foi criado o estalão da raça, mas a publicação do mesmo não trouxe popularidade ao animal. Em 1981, a raça foi reconhecida pelo American Kennel Club, clube de canicultura dos Estados Unidos. No mesmo ano, o Guinness Book os Records referia-se ao Cão de Água Português como a raça mais rara do mundo. Apesar desta informação carecer de verificação científica, a verdade é que foi num pulo que o Cão de Água Português se tornou a raça de cães portuguesa mais popular naquele país. Os norte-americanos tinham entrado em contacto com o Cão de Água Português já em 1958, tendo sido alguns anos depois, em 1972, formado o clube norte-americano da raça. O reconhecimento do Cão de Água Português e a divulgação dada pelo livro dos recordes veio impulsionar de forma significativa o crescimento da raça no país.
Hoje em dia o Cão de Água Português pode ainda ser encontrado em barcos de pescadores. Outras das suas funções são guarda e companhia. Já fora de perigo de extinção, o Cão de Água Português não é contudo uma raça que goze de muita popularidade no país, no entanto, o presidente do Estados Unidos da América, Barack Obama, tem um exemplar, de seu nome Bo.


Dados

Família: cão de caça; cão de água
País de origem: PORTUGAL
Data de origem: Idade Média
Função: salvamento
Nível de energia: alto
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 10 a 14 anos

Dogue Alemão

À nobreza desta estirpe está associada uma notável história. Antigo na sua linhagem, o Grand Danois, ou o Deutscher Dogge, descende de cães Molossos da antiga Roma, o que nos transposta para a era antes de Cristo. Foram também encontrados vestígios arqueológicos que datam de 3000 a.C., no Egipto, e que são representativos desta raça.
Alguns autores consideram-no com sangue de Woofhound Irlandês e Mastim Inglês. Outros há que reconhecem nele a influência do Mastim do Tibete, o que lhe confere uma origem asiática que pode ser confirmada na literatura chinesa de 1121 d.C.
É porém na Alemanha que esta estirpe é seleccionada e adquire popularidade na caça. Ela demonstra possuir a força e resistência física necessárias para enfrentar a caça grossa, nomeadamente javalis selvagens, durante o séc. XVI. Por esta altura estes cães eram conhecidos como “Boar Hounds”.
A raça também desempenhou o seu papel como cão de guarda e nas lutas de touros.
Por volta do séc. XVII, a raça tornou-se popular entre as classes aristocráticas alemãs recebendo destas a proteção e o estímulo para o seu desenvolvimento. Tratados como verdadeiros animais de estimação, receberam o epíteto de “Kammerhunde”. Durante o séc. XVII e XVIII, a sua criação adoptou um considerável ritmo e foi submetida a uma cuidadosa seleção.
No séc. XIX, o chanceler alemão Otto von Bismarck cruzou um Mastim do sul da Alemanha com um Grand Danois do norte, por forma a obter um exemplar semelhante ao que conhecemos hoje. Foram exibidos separadamente em 1863, sob a designação “Ulmer Dogge” e “Dannisch Dogge”. Em 1876, esta duas designações desaparecem, dando origem a um único título: o Deutsche Dogge.
O Deutsche Doggen Klub que publicou o primeiro standard da raça foi fundado em 1888, apesar do seu homólogo na Grã-Bretanha existir já desde 1882. Sete anos mais tarde, surge nos EUA o German Mastiff or Great Dane Club of America. 
Em Portugal, existe o Dogue Alemão Clube de Portugal reconhecido pela Federação Cinológica Internacional, pelo Clube Português de Canicultura e membro da European Deutch Dogen Club.
O Dogue Alemão é também conhecido em todo o mundo como Alano. Na Grã-Bretanha, esta raça é conhecida como sendo Dinamarquesa (Grand Danois), não existindo, no entanto, nenhuma relação conhecida com a Dinamarca.


Dados

Família: mastim
País de origem: Alemanha
Data de origem: Idade Média
Função: companhia
Nível de energia: baixo
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 6 a 8 anos

São Bernardo

O São Bernardo foi apurado na Suíça pelos monges do mosteiro de St. Bernard Menthon à cerca de 1000 anos atrás. O seu antecessor é o Mastim do Tibete que foi introduzido nos Alpes pelos Romanos há cerca de 2000 anos atrás. Embora possua um grande porte e intimide facilmente os intrusos, esta raça era utilizada em missões de busca e salvamento.
Apesar de não ser muito ágil, a sua perseverança e resistência ao frio fazem dele um excelente instrumento de resgate de vítimas na neve, tarefa na qual é utilizado desde o século XVII. Entre estes cães, Barry é talvez o mais famoso. Diz-se que terá resgatado entre 40 a 100 pessoas perdidas nas montanhas. Ao todo, pensa-se que mais de 2 mil pessoas tenham sido salvas por estes cães.
Mas a aptidão especial destes cães era a de prever avalanches e tempestades que são extremamente perigosas nessa região.
Foi no século XIX que o resto do mundo conheceu esta raça. A popularidade deste cães foi imediata e a raça foi reconhecida em 1898, poucos anos depois de ter sido introduzida nos Estados Unidos da América.
Hoje em dia, o São Bernardo é tido sobretudo como cão de companhia. A sua popularidade permaneceu ao longo dos anos e encontra-se entre as raças de grande porte mais procuradas.



Dados

Família: cão pastor; mastim
País de origem: Suíça
Data de origem: Idade Média
Função: companhia
Nível de energia: baixo
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 8 a 10 anos

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Bloodhound

O Bloodhound é uma raça antiga, popular devido ao seu apurado olfacto e olhar meigo.  O aperfeiçoamento da raça foi efetuado pelos frades do Abadia de Santo Humberto, por volta do século VII, na Bélgica. Presume-se que esta raça descende dos cães com a mesma cor que eram utilizados por Humberto, primeiro frade na abadia, depois Bispo e séculos mais tarde canonizado pela Igreja.
No século XI, o Bloodhound foi introduzido em Inglaterra por William, o Conquistador. Ao contrário do que se possa pensar, o nome Bloodhound não lhe foi atribuído com o significado de cão de rasto de sangue. A raça recebeu o nome de “Blood”, em português “sangue”, com o significado de raça pura, fazendo referência à sua controlada linhagem, e Hound, que significa cão de levante e corso.
O olfacto implacável do Bloodhound, tornou-o num extraordinário perseguidor de pistas e seguidor e rastos, mesmo com vários dias de existência, tendo sido inclusivamente utilizado na busca de pessoas. Ainda hoje é utilizado na busca e salvamento e integrado na forças policiais segue rastos de fugitivos das cadeias, procura crianças desaparecidas, entre outros.
Na caça, prefere seguir o rasto em vez de matar o animal. São muitas vezes usados em conjunto com cães mais ferozes que fazem o trabalho que o Bloodhound não desempenha.



Dados

Família: cão de caça; farejador
País de origem: Bélgica/Inglaterra
Data de origem: Idade Média
Função: procurar humanos; salvamento
Nível de energia: médio
Facilidade de treino: fácil de treinar
Média de vida: 7 a 10 anos

Beagle

O Beagle é um ScentHound de pequena estatura, tradicionalmente utilizado na caça à lebre. A designação Beagle surgiu na Inglaterra no século XIV e era empregue para designar qualquer cão de levante e corso de pequena estatura. A origem da palavra Beagle não é consensual e são apontadas ligações a diferentes línguas:begueule em francês, que significa “garganta aberta”, beag em galês que significa “pequeno” ou ainda begele em alemão que significa “chamar à atenção”.
A verdade é que as características mais marcantes do Beagle são a sua pequena estatura e o seu ladrar sonante e harmonioso que usa sem reserva para alertar o caçador. 
Sabe-se que alguns governantes da Inglaterra tinham Beagles de pequena estatura que ficaram conhecidos como “Beagles de bolso”. Eduardo II, Henrique VI e a Rainha Isabel, que reinaram entre os séculos XIV, XV e XVI mantinham matilhas de Beagles com as quais saiam para caçar.
Devido à sua pequena estatura, o Beagle não conseguia acompanhar o cavalo e era por isso transportado nas selas para depois ser largado no local onde entrava em acção. Também foi muito utilizado em caçadas a pé, que ficariam conhecidas como beagling.
Apesar de a palavra “Beagle” nos levar apenas até ao século XIV, existem ainda outros registos escritos, tais como o do grego Xenofonte, que descrevem cães caçadores de lebres utilizados em caçadas a pé, já no século V a.C. Existem contudo, outra teorias que defendem que o Beagle tal como hoje o conhecemos resultou do cruzamento entre o Harrier e o outros Hounds ingleses. 
No início do século XIX, fez-se um esforço para tipificar a raça e eventualmente redigir um estalão. Mas como os caçadores procuraram um cão sobretudo funcional, as diferenças de tamanho eram bastantes, ao ponto de serem definidos quatro intervalos de altura para um tão pequeno cão. O estalão da raça foi esboçado pelo Beagle Club, formado em Inglaterra em 1890, com o objectivo de divulgar esta raça que estava agora ameaçada de extinção. No ano seguinte, juntou-se a esta luta uma nova associação recém-formada a Association of Masters of Harriers and Beagles. Nessa altura, os exemplares em Inglaterra escasseavam, mas em apenas 10 anos os esforços conjuntos das associações conseguiram duplicar o número de matilhas existentes, de 18 em 1887 para 44 em 1902.
Na viragem do século XIX, começaram a realizar-se exposições regulares de Beagles que se mantiveram até ao início da Primeira Guerra Mundial. Tal como a maioria das raças europeias, as guerras ameaçaram seriamente a sua sobrevivência. O número de registos ganhou força entre as duas grandes guerras, para depois voltar a descer com o início da Segunda Guerra Mundial. Seria necessário esperar pelo fim desta para que o Beagle pudesse novamente conhecer alguma popularidade na Inglaterra. Curiosamente, esta raça foi sempre mais popular nos Estados Unidos da América do que no seu país de origem. Do outro lado do Atlântico, o primeiro registo de um Beagle data de 1885. Três anos mais tarde já tinha sido formado o clube da raça com o respectivo estalão.
Apesar de ser um caçador nato de lebres, o Beagle era também usado para seguir os rasto a codornizes e faisões. Na caça, desempenhava um bom trabalho quer em grupo quer sozinho. Mais recentemente, as suas capacidades olfactivas têm sido utilizadas na detecção de tráfico de estupefacientes e contrabando. Mas talvez o seu maior uso seja como cão de companhia, sobretudo nos Estados Unidos da América onde figura no Top Ten das raças mais populares no país ao longo do século XX.



Dados

Família: cão de caça
País de origem: Inglaterra
Data de origem: Séc. XIV
Função: caça, anti-contrabando
Nível de energia: médio
Facilidade de treino: fácil de treinar
Média de vida: 12 a 15 anos

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Perdigueiro Português


A caça constituiu, desde as épocas mais remotas, uma actividade imprescindível à sobrevivência e o cão surge aqui como um colaborador útil na perseguição e abate da presa, no que se pode afirmar como uma verdadeira convergência de esforços. Com a evolução das armas de fogo e a crescente escassez da caça surgiu uma necessidade por animais mais velozes e com melhor faro. O Perdigueiro veio preencher esta lacuna. Referenciado em Portugal desde o século XIV, nem sempre foi apreciado. Enquanto os nobres os possuíam apenas para a alternaria (caça com recurso a aves de rapina ou presa), foram os servos que optimizaram o seu potencial quando o meio da noite se esgueiravam nos domínios senhoriais e com a ajuda do perdigueiro surpreendiam as presas. Tornou-se assim num cão da plebe e, portanto, inevitavelmente ligado a um status pouco dignificante, enquanto cúmplice do caçador furtivo; uma raça criminosa. O próprio rei D. Sebastião proibia a sua posse e condenava ao exílio quem os possuísse. Esta condição veio alterar-se com a evolução social e no século XIX a caça perde o seu carácter de subsistência a favor do carácter desportivo. A burguesia enriquecida e proprietária das terras da igreja e dos senhores feudais, começa a apreciar os prazeres da caça e é então que descobre o Perdigueiro. Contudo, esta popularidade custou-lhe cruzamentos indiscriminados com outras raças contribuindo para a heterogeneidade morfológica instalada que só no início do século XX foi extraída da amálgama genética em que a raça se encontrava. É então em 1939 que surge o estalão que viria a ser adoptado como o oficial da raça pelo Clube Português de Canicultura. Esta identificação é resultado da observação sistemática e científica de inúmeros exemplares considerados típicos, como eram os do Norte de Portugal, que de resto representavam admiravelmente as características inerentes à maioria dos exemplares analisados, permitindo assim o estabelecimento de traços orientadores para os criadores puserem apurar melhor a raça. Foi até 1974 a raça preferida do portugueses mas como o novo regime é destronada a favor do Serra da Estrela. Tal alteração de preferências é fácil de perceber se tivermos em conta o crescente clima de insegurança sentido naquela altura. As diferenças entre o Perdigueiro e o Serra da Estrela fazem deste último um melhor cão de guarda. Atualmente ocupa o segundo lugar das preferências enquanto o Serra da Estrela continua a ser o cão mais popular.
Dados

Família: pointer, cão de caça
País de origem: PORTUGAL
Data de origem: Séc. XIV
Função: caça
Nível de energia: muito alto
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 14/15 anos

Husky Siberiano

A história do aparecimento Husky Siberiano é interessante porque ilustra parcialmente como a relação (de utilidade) estabelecida entre o homem e o cão pode ser baseada no respeito pela raça. Há mais de 2500 anos atrás o nordeste asiático era povoado por uma comunidade indígena denominada Chukchi. Exposta a um dos climas mais inóspitos do mundo, a sobrevivência era assegurada com a ajuda de grupos de Huskies que puxavam os trenós do seu dono percorrendo longas distâncias, levando os seus donos aos locais onde pudessem pescar. Por serem de pequeno porte e relativamente leves, tornaram-se rápidos e gastavam muito pouca energia. 
Esta característica foi muito importante, já que o pequeno consumo de energia permitia-lhes superar as temperaturas extremamente baixas do Inverno siberiano que atinge facilmente os 60 graus negativos! 
Daqui decorre que no seio daquela comunidade, o respeito pela raça fosse visível, não só na dimensão religiosa, mas também económica. Isto porque a iconografia da fé representava muitas vezes estes bravos e pequenos cães. Os melhores exemplares desta raça eram possuídos pelos mais ricos da sociedade que ganhavam prestígio nessa aquisição.
A pureza da raça parece ter sido mantida pelos Chukchi durante todo o século XIV e são estes os verdadeiros ancestrais do actualmente conhecido Husky Siberiano. 
Foi com a corrida ao ouro no Alasca, que as suas capacidades foram reconhecidas. Naquela época, os trenós puxados por cães consistiam na única rede de transportes existente e a competição entre equipas tornou-se frequente.
A introdução da raça nos EUA fica a dever-se a Leonard Seppala que consegue que, em 1930, a raça seja reconhecida pelo Kennel Club americano. Oito anos depois, é fundado o primeiro clube da estirpe em território americano.
Durante a II Guerra Mundial, a raça destaca-se pelo trabalho desempenhado na busca e resgate.
Actualmente, este cão é respeitado a nível mundial, sendo representado por mais de vinte clubes que protegem a sua criação.


Dados

Família: spitz
País de origem: Russia (Sibéria)
Data de origem: ? (muito antigo)
Função: corridas de trenós
Nível de energia: nível médio
Facilidade de treino: fácil de treinar
Média de vida: 11 a 13anos

Labrador

O Retriever do Labrador é originário de Newfoundland ou Terra Nova, região inóspita e fria situada na costa oriental do Canadá. Apesar da sua origem ser ainda hoje um mistério, foram encontrados vestígios arqueológicos que indiciam a existência de dois tipos de cães naquela região: um de porte robusto com pelagem longa e outro mais pequeno e com a pelagem mais curta.
A versão que reúne maior consenso, explica que estes cães eram, respectivamente, o Greater Newfoundland e o Lesser Newfoundland (este último também conhecido como St. John's Water Dog) e existiam na costa canadense por volta do séc. XVIII. Pensa-se que Greater Newfoundland era utilizado para auxiliar os pescadores no arrasto de redes e que o Lesser Newfoundland se havia afirmado um vigoroso cobrador de peixes e um incansável nadador, que por vezes ajudava na orientação dada às linhas de pesca. 
Estes dois cães tornaram-se cada vez mais populares entre os pescadores, já que a sua resistência física parecia não ter propriamente um limite. Conta-se que o Lesser Newfoundland trabalhava longas horas dentro da água fria e, no final do dia, ainda tinha energia para alegrar a casa com a sua boa disposição.
No séc. XIX, este cão chega à Grã-Bretanha, onde rapidamente adquire prestígio e conquista o interesse de muitos criadores que descobrem a sua natureza de Retriever: Vêem-no actuar em parceria com o dono, esperando que este dispare contra a ave para, em seguida, a trazer com grande rapidez. Os obstáculos que lhe possam aparecer não constituem grande problema, pois seja em terra ou na água, ele traz sempre a presa consigo. 
Tais atributos devem igualmente ter sido reconhecidos pelo Conde de Malmesbury, que rendido à beleza desta estirpe, começa a adquirir exemplares por forma a desenvolver um programa de criação que se pretendia protector da  pureza original desta linhagem. 
Porém, engane-se quem o julga nesta altura aparentemente dotado com todas as condições ideais (físicas e psicológicas) para prosperar no mundo da cinofilia. Na verdade, são precisamente estes atributos que, cobiçados por muitos criadores, vão despontar o interesse nos cruzamentos, a dada altura efectuados de tal forma arbitrária, que a raça roçou o perigo de extinção. A recuperação desta estirpe é atribuída a Earl Malmesbury e ao Duque de Buccleuch que, no final deste século, se empenharam na criação destes cães, tendo surgido as variantes cor de fígado e amarelo.
Em 1903, o Kennel Club inglês reconhece oficialmente esta estirpe. No início, apenas os cães de pelagem preta eram considerados puros. Tal foi, obviamente, sendo superado: a segunda cor a ser permitida foi o amarelo (após a criação do Clube do Labrador Amarelo) e, por último, a cor fígado ou chocolate também foi admitida pelo Kennel Club, mas actualmente é algo rara.
No início do séc. XX, despontaram na Grã-Bretanha aqueles que viriam a ser os principais pólos de criação desta estirpe e que “nos ofereceram” os primeiros campeões. Neste período, o Labrador chegou aos EUA e obteve a certificação do Kennel Club americano, em 1917.
No entanto, as duas Guerras Mundiais abateram o ritmo saudável do seu desenvolvimento, que só foi recuperado após 1945. Presentemente, a sua popularidade é um facto inquestionável no mundo cinófilo: multifacetado por natureza, o Labrador é um cão de tiro de primeira classe, um desportista incansável, um doce companheiro da família e um fiel cão-guia de cegos. Brilha no ringue de exposições internacionais, no qual é aplaudido pelo sucesso que obtém nas competições.


Dados
Família: Cão de caça; cão de busca
País de origem: Canadá
Data de origem: Séc. XIX
Função: cão de água, assistência, recuperação de concorrência, obediência
Nível de energia: alto
Facilidade de treino: difícil de treinar
Média de vida: 10/12 anos

Braco Alemão de Pelo Curto

De origem alemã, o Braco Alemão de pelo curto é conhecido na sua terra natal por Deutscher Kuurzhaariger Vorstehhund ou, simplesmente por Deutscher Kurzhaar. Pertence à família dos Bracos Alemães, da qual faz parte a variedade de pelo de arame (Deutscher Drahthaarige Vorstehhund). Crê-se que a sua ascendência é protagonizada pelo Perdigueiro dos Burgos, Bird Dog alemão, Foxhound Inglês e Pointer Inglês, bem como por outros cães de faro alemães.
Este é um cão relativamente recente, cujo aparecimento remonta aos finais do séc. XIX. Todavia, o seu desenvolvimento deu-se durante os anos antecedentes, durante os quais se apostou na criação de um novo cão de tiro que apontasse, seguisse os rastos, e recuperasse as presas abatidas, quer em terra, quer nos rios, ou em terrenos pantanosos.
Em 1897, foi publicado o Zuchtbuch Deutsch Kurzhaar (livro genealógico da raça), apesar de existirem Deutscher Kurzhaar com distintas características. Esta diversidade levou a que muitos criadores se empenhassem na obtenção de parâmetros estéticos considerados ideais. Esta não foi definitivamente a orientação que o Príncipe Albrecht zu Solms-Brauenfels (da Casa Real de Hanover) adoptou nesta fase de apuramento da raça. Convencido que os atributos físicos e psicológicos se revelariam a longo prazo bem mais benéficos que as qualidades estéticas, este Príncipe patrocinou o desenvolvimento dos cães que conhecemos hoje.
Em 1925, é exportada uma cria para o Dr. Charles Thornton, na América do Norte, que continuou, nos precedentes cinco anos, a receber mais exemplares desta raça. Em 1930, o Kennel Club americano reconhece esta estirpe e, oito anos depois é formado o German Shorthaired Pointer Club of America. O standard americano da raça foi adoptado em 1946.
Na verdade existem três standards: o alemão (que é o mesmo adoptado pela Federation Cynologique Internationale ; o americano (adoptado pelo Kennel Club americano) e o inglês (utilizado na Austrália, Singapura, Malásia, Nova Zelândia e Hong Kong).
Actualmente, esta raça é criada para diferentes propósitos (cão de exposição, de companhia, etc.), o que por vezes é alvo de alguma crítica por parte daqueles que pretendem preservar o inicial intuito para o qual foi criada. Talvez por isso, foi criada a North American Deutsch Kurzhaar, em 1993, afiliada da sua congénere na Alemanha, que pretende preservar os tão apreciados instintos de caça que existem nesta linhagem.

Dados

Família: cão de caça, pointer
País de origem: Alemanha
Data de origem: Séc. XVII
Função: apontar
Nível de energia: alto 
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 12 a 14 anos

Épagneul Bretão

A origem desta raça é muito discutida e polémica e o cerne da questão centra-se em dar-lhe ou não origem espanhola. 
A origem desta raça já foi portanto muito discutida mas nunca se chegou a algo conclusivo e definitivo. De facto, alguns defendem que a raça não tem nada a ver com os cães existentes na Península Ibérica e teria portanto formação autóctone francesa definida como “Spaniel”, não porque provinha de Espanha mas porque deriva do verbo francês “espanir”, que designa agachar-se, esconder-se, acção típica desta raça quando se aproxima da caça. Por outro lado, há quem defenda que a raça vem exactamente do cruzamento do Setter branco e laranja com cães franceses desconhecidos. 
O que é ponto assente para todos é que o Epagneul Bretão é das raças mais apreciadas em todo o mundo e foi em 1896 que se apresentou, na capital francesa, o primeiro exemplar da raça. Só mais tarde foi reconhecido, em 1938, o que vem demonstrar as várias vicissitudes por que esta raça passou. 
O Epagneul Bretão é um caçador por excelência, com aptidão especial para a narceja, perdiz, codorniz e lebre. Apresenta ainda qualidades naturais para caçar a galinhola. É extremamente resistente ao frio e à humidade e infatigável na caça. 
É o único spaniel no mundo que aponta caça. Trata-se de um óptimo cão de galinholas e que também recupera aves selvagens. Assim, pode ser spaniel de tamanho mas a sua função é de pointer.


Dados

Família: cão de caça, setter, pointer
País de origem: França
Data de origem: Séc. XIX
Função: apontar e recuperar
Nível de energia: alto
Facilidade de treino: difícil de treinar
Média de vida: 12/13 anos

Boxer

Apesar do nome “Boxer” soar a inglês, o Deutscher Boxer é originário da Alemanha. Pensa-se que o nome desta raça vem da forma como investe contra as presas, apoiando-se nas patas de trás e levantando as patas da frente, gesticulando, similar ao jogo de mãos de um pugilista, dito tanto em inglês como em alemão: “boxer”. Outra corrente defende que o nome “Boxer” deriva da palavra alemã “boxl”, nome dado aos cães que trabalhavam em matadouros.
Segundo o estalão, o Brabant Bullenbeisser é o directo antecessor desta raça. Estes cães, também conhecidos como Buldogues Alemães, eram utilizados na caça ao javali e veado na Alemanha e Terras Altas. O papel dos Bullenbeissers era o de agarrar a presa e segurá-la até à chegada do caçador. O focinho recuado permitia a estes animais continuar a respirar normalmente enquanto prendiam a presa entre os dentes.
Os exemplares com uma dentada mais poderosa e força eram os escolhidos para perpetuar a raça, contudo a preferência por exemplares mais rápidos alterou o aspecto daquele que viria a dar lugar ao Boxer. Ao longo dos séculos, o Boxer já fez um pouco de tudo, desde pastor, artista de circo, luta com touros, entre outras atividades
O clube da raça foi fundado em 1895 na Alemanha. A partir do século XIX, a raça começou a tornar-se cada vez mais popular, sobretudo como cão de guarda e companhia. A procura por um Boxer dócil com a família, veio atenuar o ímpeto agressivo que a raça inicialmente possuía. O estalão do Boxer foi aprovado pelo AKC em 1904.
Hoje em dia, o Boxer é uma raça bastante popular em Portugal e também por todo o mundo. Os Estados Unidos da América não foram inicialmente adeptos desta raça, mas em meados do século XX, depois de um Boxer ter ganho o título “Best in Show” a raça foi cada vez mais procurada.
Na foto, o meu cão, Pumba.

Dados

Família: Cão de gado; mastiff
País de origem: Alemanha
Data de origem: Séc. XIX
Função: cão de guarda
Nível de energia: muito alto
Facilidade de treino: moderadamente fácil de treinar
Média de vida: 10 anos

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raças de cães mais populares do mundo

10º Shih Tzu
Este cão tem um modo de andar distintamente "arrogante", com a cabeça bem erguida e a cauda curvada sobre as costas. Por isso, faz bastante sentido que o Shih Tzu tenha sido o animal de estimação da realeza chinesa por mais de mil anos. A raça pode ser descendente do cruzamento do Lhasa Apso ou cão tibetano da montanha e do Pequinês. O Shih Tzu foi o animal de estimação da maioria da dinastia Ming, de 1368 a 1644, e foi descoberto pelos soldados ingleses durante a Segunda Guerra Mundial. 

9º Caniche
O caniche não é um brinquedo. É considerado a 2º raça mais inteligente de cães no mundo. Primeiramente criado na Alemanha como um retriever (característica de cães de busca) da água, o seu penteado foi concebido por caçadores para ajudar os cães mover-se mais eficazmente através da água. O cabelo protege os órgãos vitais e as articulações mais vulneráveis ao frio. Existem quatro tipos: o gigante, que varia de 45 a 60 cm; o médio, que varia de 35 a 45 cm; o miniatura, que varia de 28 a 35 cm e o toy, que mede no máximo 27 cm. O caniche foi o cão mais encontrado nas casas durante o reinado de Luís XVI em França. 

8º Basset Hound
O basset  foi criado para ser um canino longo e destemido que pudesse cavar em tocas de texugo e “lutar até a morte” com eles. Apareceu primeiramente na Alemanha no início de 1600, mas não se tornou popular no resto do mundo até o início de 1900. Durante a I Guerra Mundial a popularidade do cão diminuiu, não recebendo muita atenção até depois do fim da guerra. Existem dois tamanhos : normal (pesando cerca de 7 a 14,5 kg) e miniatura (5 kg).

7º Bulldog 
Este cão deve a sua popularidade à sua natureza e aparência adorável – quem consegue resistir a sua face achatada e enrugada? Apesar de ser extremamente afetuoso agora, o buldog recebeu seu nome devido à sua ligação com lutas de touros nas Ilhas Britânicas. Os primeiros buldogs eram cães de luta e tinham de ser ferozes e quase insensíveis à dor. Quando a prática se tornou ilegal em Inglaterra em 1835, os criadores de cães decidiram livrar-se da mordida do buldog. Em poucos anos, o cão diminuiu o tamanho e o formato do focinho. 

6º Boxer
A minha raça favorita.Conhecido por ficar em pé sobre as patas traseiras para lutar com um oponente, esta raça parece estar a fazer boxe com as patas dianteiras. Na realidade, quando se desenvolveu na Alemanha no século XIX, os boxers foram utilizados para lutas de cães, bem como para impedir que animais grandes como javalis escapassem até que o caçador chegasse. Eles vieram pela primeira vez para os Estados Unidos depois da Primeira Guerra Mundial, aumentando sua popularidade no final dos anos 1930. E apesar de terem sido usados para lutas de cães, o boxer é hoje mais conhecido pelo seu amor e carinho pelos humanos, especialmente pelas crianças.

5º Beagle
Talvez o indivíduo mais conhecido desta raça, Snoopy, não dê uma imagem verdadeira dos beagles. Eles não são parecidos com os humanos (e não se confundem com eles), mas sim perspicazes cães de caça com um temperamento muito alegre, características que fizeram do beagle uma das raças mais populares nos Estados Unidos. Em 1500, senhores ingleses caçavam com beagles. Os cães maiores controlavam os corços enquanto os menores farejavam coelhos. Na verdade, o nome beagle pode ter vindo do termo francês “be’geule”, referindo-se ao seu latido quando vai à caça, ou devido ao tamanho diminuído do cão.

4º Golden Retriever 
Este cão foi criado para o Lord Tweedmouth, que queria um retriever adaptado ao clima, terreno, e jogos de caça escoceses. Assim, ele cruzou o “Yellow retriever” com o agora extinto “Tweed Water Spaniel”. Mais tarde, cruzamentos de “Irish setter”, “bloodhound” e outro “Tweed Water Spaniel” produziram o Golden Retriever de hoje. A sua mentalidade forte não só o torna um caçador soberbo, mas também um guia ideal para busca, salvamento e assistência.

3º Yorkshire Terrier
Yorkies, como são carinhosamente chamados, fazem parte do grupo de cães de estimação toy, e pesam entre 1,8 e 3,2 kg. O seu nome vem da cidade inglesa de onde vem. Os cães, no século XIX, eram usados para caçar ratos nas fábricas de vestuário. Embora hoje este cão portátil seja um acessório dos ricos e famosos, a raça já pertenceu à classe trabalhadora, especialmente tecelões.

2º Pastor Alemão
O pastor alemão é modelo quando se trata de cães de guarda, policiais ou militares. A raça é derivada de uma mistura de pastoreio e cães de fazenda e originou-se em 1899 em Karlsruhe, Alemanha. O pastor alemão aparece entre os cães mais populares todos os anos.

1º Labrador
Estes cães atléticos são originalmente da Terra Nova, onde trabalharam ao lado de pescadores para ajudar a puxar as redes e capturar peixes que escapavam das linhas de pesca. A raça não tinha habilidades de busca excelentes até ser cruzada com setters, spaniels e outros retrievers. Desde então, o Labrador, que pode ser amarelo, preto e chocolate, foi criado como um cão de busca qualificado com um temperamento estável. Mesmo assim, a raça é vulnerável ao colapso induzido pelo exercício (CIE), que ocorre após caça ou busca intensa, quando os labradores afetados pela doença perdem o controlo das suas patas traseiras. Um estudo publicado em 2008 revela que o colapso é ligado a um gene, sendo que o seu emparelhamento causa a doença. Cerca de 30% dos labradores retrievers carregam o gene mutante. Sem dúvida a raça mais popular de todo o mundo.

1º Dia!!!

Hoje é o 1º dia em que está aberto ao público o blogue "Cães e Companhia"!!!